Yin-Yang
Yin-Yang é um fundamento da medicina chinesa, sendo um diagnóstico e o outro tratamento (não vou me aprofundar sobre, pois tenho o mínimo de conhecimento).
A dualidade do Yin e Yang é sempre muito debatida, os opostos que coexistem e são
interdependentes, desta forma, sem o balanceamento entre eles ocorre o consumo
mútuo, um sobrepõe o outro e perde-se o equilíbrio.
Yin-Yang |
Vemos
no cotidiano essa “batalha” o tempo todo:
·
bem
x mal
·
amor
x ódio
·
positivo
x negativo
·
dia
x noite
·
cheio
x vazio
·
felicidade
x tristeza
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claro
x escuro
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preto
x branco
Recordo-me sobre a lenda do lobo mau x
lobo bom, a batalha entre os dois lobos que vivem dentro de nós e vence aquele que
você alimenta. Ou seja, parte dos confrontos internos que temos nós podemos escolher o vencedor a partir daquilo que pensamos, das nossas ações e como compreendemos
o que nos acontece no dia a dia. Vencer ou perder alguns combates dependem
exclusivamente de nós, do que optamos do momento que acordamos ao momento que
dormimos.
Em contrapartida, existem situações em
que um sobressai ao outro por ser mais, vamos dizer, atraente. Nem sempre o que
é genuinamente bom nos atrai quanto o que é ruim, pelo contrário, os
pensamentos negativos são comumente mais atraentes do que os pensamentos
positivos.
Não sei dizer se é inato ao ser-humano,
mas temos uma tendência em optar por aquilo que nos move e, embora todos digam
que somos movidos pela felicidade, são os momentos de tristezas que nos são
mais lembrados, mais apreciados. E, a partir destes sentimentos negativos,
conseguimos diferenciar os momentos positivos e aproveitá-los.
Van Gogh - Noite estrelada (1889) |
A escuridão sempre me comoveu, sempre
foi presente e, mesmo sendo contraditório, era nela que me sentia segura. Ali
sabia exatamente como me portar e o que esperar do mundo. De tempos em tempos
sou convidada novamente pela escuridão, ela vai tomando conta do meu corpo,
deixando tudo ao meu redor acinzentado, sem cor... até pretejar por completo. Às
vezes ela não faz um convite formal, apenas invade pelas minhas entranhas e quando
percebo, não vejo um palmo frente ao meu nariz. Hoje sou mais atraída pela
claridade, embora às vezes fique cega e desnorteada.
Percebo que um ou outro não é a
melhor opção, faz-se necessário a existência de um e do outro, porque eles
se completam e, consequentemente, torna-se o equilíbrio plausível. E vejo além,
um complementa ao outro para possibilitar a existência de ambos e, assim, permite
a vida em harmonia.
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