"A gente aceita o amor...

... que acha que merece”.

Essa frase ficou martelando em minha cabeça desde o dia em que assisti ao filme “As vantagens de ser invisível” e mais ainda após terminar o livro que inspirou o filme. Uma frase aparentemente simples, mas muito interessante.

“Olá, bom dia, gostaria de 400gr de amor e meio litro de merecimento, por favor... ah, embrulhe para viagem”.

Se a gente aceita o amor que acha que merece... quanto amor a gente merece? Como medir o imensurável? A gente pondera e julga, a gente avalia e mensura tudo e todos, inclusive (em muitos casos, em especial) a nós mesmos. E sob o viés dessa ponderação meio descabida, a gente se descobre merecedor ou não de amor, de ser amado e, simplesmente, aceita. Assente com o que parece doer menos.

Parafraseando, o fato é: o que não tem medida, desmedido está...

Não devemos aceitar migalhas porque achamos que é o suficiente, é o que merecemos. Aceitar metades (de amor, carinho, respeito, verdades) ou aceitar que “para quem é, basta”. Somos muito mais do que isso e nada que não seja genuinamente bom pode nos bastar.

Temos que vestir apenas o que nos cai bem como uma luva. Calçar apenas os sapatos que nos são confortáveis. 

Aceite-se.
Basta-se. 
Mereça-se. 
Ame-se. 

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