Tempo tempo tempo...
E aí, assim do nada, você percebe
que perdeu a noção do tempo... um ano? Cinco? Uma década?
Lembro-me de dividir o ano pelas
férias, a mesma ansiedade em iniciar e terminar o ano letivo, cada dia parecia
único, diferente e mágico. Naquela época tínhamos 24 horas que pareciam ininterruptas...
acordar relativamente cedo, assistir desenhos na televisão, ir para rua brincar
com os colegas, voltar para o almoço, assistir Sessão da Tarde, Malhação,
voltar para a rua e brincar mais um pouco, tomar banho, jantar... assistir mais
televisão.
A televisão ligada o dia inteiro:
TV Colosso, TV Cruj, Vídeo Show, desenhos e mais desenhos, possivelmente os melhores
desenhos ever. A TV Cultura
com a melhor programação: Mundo da Lua, Confissões de Adolescentes, Castelo
Rá-tim-bum, As aventuras de Babar, Mundo de Beakman, Anos Incríveis
(cláááássico), entre muitos outros!!!
Hoje
aguardo o final de semana, que é mais curto e, provavelmente, menos
empolgante... mas mesmo assim me delicio com cada segundo que posso aproveitar.
Curiosamente com a televisão quase sempre desligada (salvo alguns seriados e
filmes), com mais responsabilidade e mais obrigações.
O
tempo não mudou em seu cerne, certamente quem mudou fui eu... a forma de encará-lo,
de levá-lo, de refleti-lo. E sou feliz de poder senti-lo de formas variadas, em
ver o passar dos anos. Sim, eu perdi a noção do tempo e ganhei um bem mais
precioso: viver o tempo sem olhar os dias, as horas, apenas seguir em frente.
Caetaneando:
"Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos".