Por causa da alergia, que possuiu meu corpinho desde sexta, tive muito tempo hábil – enfurnada em casa – para permitir minha imaginação fluir e, consequentemente, lembranças ecoarem em minha cabeça.

Lembro-me de quando tinha uns oito anos e tinha uma facilidade incrível de fantasiar e de acreditar tanto nos meus sonhos que eu os misturava para, podemos dizer assim, fugir do que me assombrava.
O campo onírico é bem mais confortável quando, de olhos abertos o mundo parece um pesadelo, enfim... nesta idade eu tinha um pensamento recorrente de que a minha vida já tinha acontecido e que tudo que eu via eram lembranças. Eu ia para cama mais cedo do que todos para pensar e minha ideia era que eu era mais velha e tinha duas filhas e que todas as minhas experiências eram lembranças que eu contava como histórias de dormir para minhas filhas. Diferente? Obviamente faz parte de mim = estranha.

Assisti nos últimos dias “Preciosa – uma história de esperança”, “REC 2” e a sequência “Antes do amanhecer” e “Antes do pôr-do-sol” e a partir dos filmes, na verdade não contando o segundo, refleti muito. Os filmes me fizeram lembrar fatos que antes adormeciam no mais profundo azul, como este que relatei agora.

Sentimento dos últimos tempos: saudades.
Sentimento de hoje: alegria por ter um “papo cabeça” com a minha amada mamãe.

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