Eu tenho um sonho...

Não sou Martin Luther King, mas eu tenho um sonho.

Eu sonho com o dia em que não precisaremos de datas “comemorativas” para conscientizar as pessoas que somos todos iguais, mulheres e homens, negros e brancos.
Eu sonho com o dia em que o “afortunado” homem branco não me imponha o que vestir, onde e como andar, como pensar e agir, ou pior, o que sonhar.
Eu sonho com o dia em que as pessoas “ajudem” menos nos afazeres da casa e dividam realmente as tarefas domésticas.
Eu sonho com o dia em que eu possa sair de casa o horário que quiser sem medo, sem ter que planejar o caminho menos inseguro.
Eu sonho com o dia em que os xingamentos da minha língua materna não façam, todos, referência a uma suposta inferioridade em ser do gênero feminino.
Eu sonho com o dia que exista justiça e respeito, que todos nossos os direitos sejam iguais e que as leis, assim como a sociedade, não priorizem uma parcela da população.
Eu sonho com o dia em que agredir uma “minoria” (mulher ou jovens negros ou homossexuais ou transgêneros etc etc) não se torne estatística.
Eu sonho com o dia em que eu possa dizer o que penso sem ser taxada como louca, com TPM, feminazi ou de mimimi.

Não quero receber flores da mesma mão que me violenta.
Não quero palavras bonitas proferidas da mesma boca que me inferioriza.
Não quero hipocrisia de quem não me vê como igual.

Busquemos não naturalizar o que vem enraizado sócio historicamente.
Lutemos!
Acreditemos na igualdade, na mudança e em um dia melhor, porque isto é que nós – mulheres – fazemos de melhor: concebemos o futuro.

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