Toca Rauuuuul!
Estranha,
excêntrica, esquisita, exótica... são diversos os adjetivos que podem ser
relacionados àquelas pessoas ditas como “diferentes”.
Pergunto-me:
diferente do que? Por quê? Quem define o padrão de normalidade? Como é definida
e delimitada esta linha tênue do que é normal e do que não é? Sinceramente não
creio que exista uma resposta correta e pontual, sei que somos construídos de
forma histórica e social, porém isso não responde a profundidade da questão.
Rosa
e azul são cores, mulher ou homem são gêneros, novo ou velho são conceitos de
idade... nós, contudo, taxamos tudo e todos dentro de generalizações baseadas em
nossa vivência (?), padronizamos comportamentos, vestimentas e identidades.
Classificamos
certo ou errado, bonito ou feio, sem nos preocuparmos com as peculiaridades existentes
em cada indivíduo. Massificamos, suicidamos e não nos preocupamos com as
diferenças. Já dizia Caetano que “narciso acha feio o que não é espelho” e o
que me distingue me é estranho, não me pertence e deve ser objeto de repulsa e
ódio.
Eu
“prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada
sobre tudo!” (Toca Rauuuuul). Prefiro questionar o que me é dado como apropriado,
prefiro me desvencilhar dos nós e olhar fora dos meus limites. O padrão não me
apetece, a normatividade não é a minha primeira escolha, ao contrário, me
entedia.
Pode me
chamar de extraterrestre, pode tentar me encaixar em alguma das suas padronizações, só não se assuste se você se surpreender com o que (e quem) encontrar.