Eu sou... e a vida.
“Eu
tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer... pois metade de mim
é amor e a outra também” (Roberto Montenegro ou Oswaldo Carlos).
Sou
música e poesia, sou tom e melodia. Sou você e eu, e mais ninguém. Queria eu
ter a profundidade do oceano, a claridade do amanhecer e a sagacidade dos mágicos
para poder doar apenas um pouco de mim e não me entregar de corpo e alma. Quem
sabe assim conseguiria não me machucar na aterrissagem dos meus sonhos e
defronte às decepções causadas pelo meu desafinado clamor. Quem sabe assim o ato de errar não seja mais um tormento, seja um breve acalento para minhas súplicas.
“Eu sou
assim, quero tudo e quero agora! Uns chamam de mimada, mas eu prefiro decidida...
[Então] Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu
mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”
(duas frases de Clarice Lispector?).
A vida
não pede explicações, ela pede para ser vivida... intensamente
vivida, se possível. “A vida é uma peça de teatro
que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva
intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”
(Charles Chaplin).
Eu sou... por Carolina Malaquias (2002)
Não
sou invisível,
Não
sou feita de corpo.
Sou
mais que isso...
Não
sou apenas alma
Desprendida
de um corpo.
Não,
sou bem mais que isso!
Sou
o misto de tudo,
Em
mim há o bem,
Em
mim há o mal.
E
além disso tudo,
Há
um sentimento brutal.
Não
sou de vidro,
Não
sou de plástico.
Sou
apenas o certo e o errado.
Você
acha que me conhece,
Ou
crê que nada sabe de mim.
Não
tenho face,
Não
sou sua única opção.
Não
tenho coração,
Sou
o maior sentimento
Que
vive dentro dele...
Eu
sou o amor.